sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Listas de Ordenação e Colocação de Professores - 2009/2010

Já saíram as listas.

Podem consultar aqui.





Apenas um comentário: Foi um péssimo concurso para os contratados do interior do país, pois os destacamentos varreram tudo...

Número "histórico" de colocações

Valter Lemos afirmou que nunca houve um número tão grande de colocações como este ano, e que nunca foi tão promovida a estabilidade dos professores. Ora bem, vamos lá desmontar esta propaganda, já que a nossa comunicação social come e cala...

1 - Primeiro, ao contrário do que é afirmado, nunca na história entraram tão poucos professores para os quadros: 417. Olhando para o histórico dos últimos 10 anos, em média entravam todos os anos para os quadros mais de 2000 professores, e agora, passados 3 anos sem colocações, e com um número anormalmente elevado de reformas, apenas 417? Mas ninguém vê a grande mentira?

2 - Como referi atrás, nos últimos 3 anos, nomeadamente este último, houve um número muito elevado de reformas, sendo por esse facto que irá haver um número elevado de contratados a ser colocados. Ou seja, é histórico mas pela simples razão que os professores foram tão hostilizados, que muitos deles foram embora mesmo com penalizações na reforma...

3 - Dos 67000 badalados, a maioria são professores dos quadros, ou de escola (agora agrupamento) ou de zonas pedagógicas, e que apenas foram colocados/relocalizados... Dizer que foram 67000 colocados como se fossem professores novos é no mínimo desonesto.


Como vêem, a propaganda do ME trabalha bem, mas basta pensar um bocadinho para ver a desonestidade das suas afirmações. Este foi o pior concurso de sempre. Realmente muitos contratados foram colocados, mas quantos em concursos anteriores teriam conseguido um lugar nos quadros? Milhares... E pelo contrário, mantêm-nos contratados por mais uns anos... Estabilidade? Vão gozar para outro lado...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Listas de colocação de professores 2009/2010 - Informação ME

A conferência de imprensa já acabou, e parece que amanhã temos as listas cá fora.



O secretário de Estado da Educação anunciou hoje que na segunda fase de colocação de docentes entraram "cerca de 37 mil professores", dos quais 31.321 já estão colocados, enquanto 5500 o serão até ao início do ano lectivo.

"Nesta segunda fase, foram colocados cerca de 37 mil professores, dos quais 31.321 já estão colocados nas listas, que estarão disponíveis sexta-feira no site do Ministério da Educação, sendo que cerca de 5500 ainda vão ser colocados até ao início do ano lectivo", confirmou hoje Valter Lemos.

Falando numa conferência de imprensa no Ministério da Educação, em Lisboa, para apresentar os dados da segunda fase que encerram o processo de colocação de docentes, Valter Lemos lembrou que, com os 31 mil professores colocados na primeira fase, "há até ao momento um pouco mais de 67 mil professores colocados nas escolas, como previsto".



sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Governo aprova alterações à prova de ingresso

Governo aprova alterações à prova de ingresso na carreira.

Alterações? Apenas uma pequena mudança cosmética (a passagem de 5 para 4 anos de serviço como condição para a isenção da prova) e uma tentativa (mais uma) de forçar este modelo de avaliação (isenção para os colegas que tenham menção de Muito Bom ou Excelente).

Alterações? Não, nada de especial.


Apenas um aparte para uma frase de Valter Lemos:

"O objectivo desta alteração foi de simplificar o procedimento e clarificar melhor as condições de dispensa da prova, já que muitos professores já têm anos de exercício e já existem resultados da avaliação de desempenho"

Expliquem-me lá então como é que ter 5 anos de serviço enquadra-se nos tais "anos de exercício" e menos de 4 anos já não? Ou seja, ficamos no mesmo... Aliás, na mesma... treta!





terça-feira, 11 de agosto de 2009

Nota informativa DGRHE - Horários anuais versus horários temporários

A confusão está instalada. Como referi neste post, a nota informativa que a DGRHE mandou para as escolas refere que os directores não deverão pedir horários anuais na bolsa de recrutamento. Logo aí começou a confusão, pois logo algumas pessoas indicaram que horários anuais teriam que ser anuais, ou seja, de 1 de Setembro a 31 de Agosto. Ora, vejamos o que a lei diz sobre isto:

Decreto-Lei n.º 20/2006, de 31 de Janeiro:

8 - Para efeitos de contratação devem ainda os candidatos, respeitados os limites mencionados no n.º 6, indicar, para cada uma das preferências manifestadas, a duração previsível do contrato, nos termos previstos nas alíneas seguintes:
a) Contratos a celebrar durante o primeiro período lectivo, com termo a 31 de Agosto;
b) Contratos a celebrar durante o primeiro período lectivo, com termo a 31 de Agosto e contratos de duração temporária.



Decreto-Lei n.º 51/2009 de 27 de Fevereiro

9 — Para efeitos de contratação, devem ainda os candidatos, respeitados os limites mencionados no n.º 7, indicar, para cada uma das preferências manifestadas, a duração previsível do contrato, nos termos previstos nas alíneas seguintes:
a) Contratos a celebrar durante o 1.º período lectivo, com termo a 31 de Agosto;
b) Contratos a celebrar durante o 1.º período lectivo, com termo a 31 de Agosto e contratos de duração temporária.


Vemos então que a definição anual nem sequer vem mencionada, mas aquilo que nós chamamos de anuais é claro: contratos a celebrar durante o 1º período com termo a 31 de Agosto. A não ser que caiam na ilegalidade, os horários que nós chamamos de anuais, terão que ser pedidos como tal quando for necessário.


Mas como toda esta confusão só pode ser esclarecida por quem a instalou, a Fenprof já se mexeu e mandou um pedido de esclarecimento à DGRHE sobre este assunto.

Esperemos então pela resposta.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Legislativas e Educação - Programa Eleitoral PS - Objectivo 2

2º Objectivo: Neste mandato o PS pretende continuar com as Novas Oportunidades, alargando-as a um novo conjunto de cidadãos. Continuará assim o aumento das "habilitações" dos portugueses. Aqui pretende-se ainda utilizar a rede de centros RVCC para também se realizarem acções de formação para pais e encarregados de educação. Por fim, introduz-se uma nova estratégia: ensino à distância.

As Novas Oportunidades é um sistema com o qual, teoricamente, concordo. É um sistema para quem quer voltar à escola e onde se "aproveitam" os conhecimentos adquiridos durante a vida, para se fazer um percurso educativo individual. O problema é quando começamos a ver o facilitismo neste sistema, desvirtuando-o completamente, tornando, mais uma vez, este sucesso educativo apenas estatístico. E eu tenho alguma autoridade para falar neste aspecto, pois já estive nos Cursos de Educação e Formação, já no sistema das Novas Oportunidades. Quanto a usar os centros RVCC para se realizarem acções de formação para pais e EE, concordo. Seja em centros RVCC seja em que lado for, pois o mais importante é mesmo dar formação a pais e EE. Por fim, mas relacionado com as Novas Oportunidades, é a intenção de implementar o Ensino à distância. Penso que dentro do panorama actual das Novas Oportunidades, esta é uma medida muito lógica: já que a ideia é apenas "aumentar as habilitações" dos portugueses, para quê gastar dinheiro com professores e recursos físicos, quando essas habilitações podem ser "aumentadas" em casa? Enfim...

sábado, 8 de agosto de 2009

Eusébio Cup - Benfica 1 vs Milan 1 (5-4)

Até eu, que costumo ser muito cauteloso, começo a sonhar...



Arrepio-me sempre com este momento!

Raul Solnado 1929 - 2009



sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Concurso 2009/2010 - Informações DGRHE

Na área Escola do site da DGRHE foi disponibilizado uma nota informativa para os escolas no que concerne ao pedido de horários para as necessidades transitórias. Desta nota, retive dois pontos:







No primeiro caso, ao contrário do que tem ocorrido nos últimos anos, voltarão a ser lançados todos os horários pedidos, tornando mais justas as colocações, e ainda, no tempo certo, e não já com o ano lectivo a decorrer.


No segundo caso, ainda não sei bem o que isso significa... Todos nós sabemos que ao londo do ano lectivo vão surgindo horários anuais, por variadíssimas razões, o que me deixa a pensar no que este ponto quererá dizer. Será que, mesmo sendo horários anuais, os que surgirem serão catalogados de temporários? É uma pergunta pertinente pois muito boa gente apenas concorre a horários anuais com a certeza de ser colocado até 31 de Dezembro.

Espero sinceramente não ser mais uma daquelas medidas demagógicas, que na teoria é muito bonita, mas que depois na realidade acaba apenas por prejudicar a quem ela é destinada. Na teoria, desta forma todos os horários seriam lançados já, e não como acontece muitas vezes, a conta-gotas. Mas a realidade, como nós bem conhecemos, é outra, e a verdade, é que muitas vezes os horários são lançados a conta-gotas porque é o ritmo com que esses horários aparecem.



Vamos esperar e ver...



Já agora, deixo aqui o calendário da recolha de horários.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Isabel Alçada


Segundo o Expresso, Isabel Alçada, a conhecida escritora de literatura infantil, poderá ser a escolhida pelo PS para nova Ministra da Educação, caso ganhe as eleições e forme governo. Se isto vier a acontecer, o PS ganhará uma cara nova, muito mais popular do que MLR, para tentar levar a sua "visão" avante. É que não nos iludemos, uma cara nova não quer dizer uma política nova. Aliás, é público o seu apoio incondicional às políticas educativas levadas a cabo nestes quatro anos.
Pessoalmente, espero que nessa altura a escolha não seja apenas entre os mais apoiantes destas políticas, mas sim, entre os mais identificados e competentes para realmente mudar a Educação e o Sistema Educativo. Para a melhoria da sua qualidade e não a melhoria da estatística. Com os professores, alunos e restante comunidade educativa, e não, contra os professores. Se Isabel Alçada concorda com o que se passou nos últimos quatro anos, se algum dia chegar a ministra, mais cedo ou mais tarde irá cair na mesma impopularidade de MLR.

O melhor mesmo é o PS não ganhar as eleições, ou pelo menos não ganhar a maioria absoluta, e aí sim, com a obrigatoriedade de um consenso na escolha de um ministro da educação, e mais importante, na escolha de um rumo, talvez haja diálogo que permita enveredar por um caminho mais correcto na Educação.




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sábado, 1 de agosto de 2009

Legislativas e Educação: Programa Eleitoral PS - objectivo 1

O primeiro objectivo, já definido para o primeiro mandato, irá concluir algo há muito pedido, como o alargamento do ensino obrigatório até ao 12º ano, mas sobre a qual eu não concordo em absoluto (as razões deixo-as para mais tarde e é uma opinião pessoal), e também a obrigatoriedade de pelo menos um ano na educação pré-escolar, esta medida já por mim defendida há muito e que aplaudo.

O alargamento do ensino obrigatório até ao 12º ano foi bastante consensual, pelo menos no objectivo da coisa. Menos consensual foi como colocar em prática, visto que, se actualmente, as escolas secundárias já poucas condições têm, como conseguir de repente, aumentar o número de alunos nalgumas dezenas de milhar. Pessoalmente, tentar aumentar a escolaridade dos portugueses apenas com a obrigatoriedade, é uma estratégia fácil, mas na maioria das situações, fadada para o insucesso. Mas aquele verdadeiro, pois não tenho dúvidas algumas, que o sucesso no secundário terá que se manter pelo menos nos níveis actuais. E o que quer isto dizer? O facilitismo irá começar a envolver o ensino secundário, e quando dermos conta, iremos ter as famosas turmas e os famosos cursos, e as famosas alíneas a facilitar transições de ano. Defendo um ensino secundário de qualidade e exigência, com uma diversidade de opções que, juntamente com uma política de apoio social às famílias, possa permitir ao jovem a escolha livre e sustentável da continuidade de estudos. Apenas nesta base poderemos ter uma escola de qualidade e com alunos motivados. A obrigatoriedade nesta fase, entre os 15 e os 18 anos, na minha opinião, irá ter um efeito preverso no sistema educativo.

Quanto à obrigatoriedade da frequência de pelo menos um ano no ensino pré-escolar, vem responder a um handicap na educação em Portugal. Mas sobre esta medida tenho algumas dúvidas: primeiro, quando é que existirão condições físicas para que tal seja possível, e segundo, tendo em conta que no ensino pré-escolar a maioria das escolas são privadas, como se conseguirá implementar um programa base e como se garantirá a sua implementação e qualidade.