Por curiosidade, apenas isso, entrei hoje no portal do governo, com o intuito de conhecer melhor, intelectualmente falando, claro, a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodriques. Cliquei no Ministério da Educação e depois, no perfil da dita cuja. Começo a ler, socióloga, docente de sociologia do ISCTE, investigadora de sociologia, etc. Começo a achar graça ao seu currículo! Pensava eu, na minha ignorância, que ela teria pelo menos algo no seu currículo ligado à área da educação básica ou secundária, mas a única coisa que encontrei foi mesmo ter sido docente de sociologia no ISCTE. Tirando isso, nada que a pudesse ligar ao ensino, e ao ensino público. Continuo a ler, e chego às publicações. Aqui chegado, penso para mim, pronto, é agora, a sua ligação à Educação! Deve ter feito estudos, publicado conclusões, algo que me indique alguma razão para que uma socióloga seja Ministra da Educação. Por ter ficado tão espantado com o que vi, reproduzo aqui a sua lista de publicações.
É autora de diversos trabalhos, publicados com bastante regularidade, com especial destaque nas áreas de Sociologia das Profissões e Sociedade da Informação
* (no prelo) «O papel social dos engenheiros», em Manuel Heitor (org.) A engenharia em Portugal no Século XX, Lisboa, D. Quixote
* (no prelo) «As mulheres engenheiras em Portugal», em Ana Cardoso de Matos e Álvaro Ferreira da Silva (orgs.), Engenheiros e Engenharia em Portugal. Séculos XIX e XX, Évora, CIDEHUS/Colibri
* 2004 «Entre culture française, myte anglais et esprit allemand: genèse de l`enseignement technique au Portugal» em La formation des ingénieursen perspective. Modeles de référence et réseaux de médiation (XIXe et XXe siècles), Rennes, Presses Universitaires de Rennes
* 2004 «A utilização de computadores e da Internet pela população portuguesa», Sociologia, Problemas e Práticas, n.º 43 (co-autoria)
* 2004 «Associativismo Profissional em Portugal: entre o público e o privado» em João Freire, Associações Profissionais em Portugal, Oeiras, Celta Editora
* 2003 «A profissão de engenheiro em Portugal e os desafios colocados pelo Processo de Bolonha», em jornadas O Processo de Bolonha e as Formações em Engenharia, Universidade de Aveiro (difusão em DVD e em http://paco.ua.pt/documentos/?p=Bolonha)
* 2003 «Qualificação da população activa em Portugal 1991-2001», em Grupo Parlamentar do PS, Novas Políticas para a Competitividade, Oeiras, Celta
* 2002 «Sociedade da informação em Portugal: estratégia e acção política (2000-2001)», Anuário da Comunicação 2001-2002, Lisboa, Observatório da Comunicação
* 2002 «O crescimento do emprego qualificado em Portugal», Sociologia, Problemas e Práticas, n.º 40
* 2002 «Engenharia e sociedade: a profissão de engenheiro em Portugal», em José Maria Brandão de Brito (org.), Engenho e Obra, Lisboa, D. Quixote
* 2002 «A sociedade da informação em Portugal: metodologias de observação», em Indicadores de Ciência y Tecnologia en Iberoamerica, Agenda 2002, Argentina, RICYT
* 2001 «O metro no quotidiano de Lisboa», em Fernanda Rolo (org.), Um Metro e Uma Cidade. História do Metropolitano de Lisboa, Vol. III, Lisboa, Edição do Metropolitano de Lisboa (co-autoria)
* 2000 «Rumo a uma sociedade do conhecimento e da informação», em António Reis (org.) Portugal no Ano 2000, Círculo de Leitores e Comissariado da Expo 2000 Hannover, Lisboa (co-autoria) (texto publicado também na versão alemã da mesma obra)
* 2000 «Recursos humanos na sociedade da informação», Cadernos de Economia, Lisboa (co-autoria)
* 2000 «Ciência e tecnologia», O Economista, nº 13
* 2000 «Os portugueses perante a ciência», em Maria Eduarda Gonçalves (org.), Cultura Científica e Participação Política, Oeiras, Celta
* 1999 Os Engenheiros em Portugal, Oeiras, Celta
* 1999 «A cidade subterrânea: Lisboa e o metropolitano (1957-1997)», Inforgeo, n.º14 (co-autoria)
* 1998 «Profissões: protagonismos e estratégias», Portugal, que Modernidade?, Oeiras, Celta (co-autoria) (texto publicado também na versão inglesa da mesma obra)
* 1997«Le génie electrotechnique au Portugal», em Laurence Badel (org.), La Naissance de L´Ingénieur-Électricien. Origines et Développement des Formations Nationales Électrotechniques, Paris, Association pour L'Histoire de l'Electricité en France/PUF
* 1997 Sociologia das Profissões, Oeiras, Celta (2.ª edição 2001)
* 1996 «Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)», «Manuel Rocha», «Edgar Cardoso», «Duarte Pacheco» e «Congressos de Engenharia», em Fernando Rosas e J.M. Brandão de Brito (orgs.) Dicionário de História do Estado Novo, Lisboa, Círculo de Leitores (co-autoria)
* 1995 As Chefias Directas na Indústria, Colecção Estudos, Lisboa, IEFP (co-autoria)
* 1995 «Atitudes da população portuguesa perante o trabalho», Organizações & Trabalho, nº 14
* 1995 II Inquérito à Situação Socio-Profissional dos Diplomados em Engenharia, 1994. Relatório Global, Comité Nacional FEANI (policopiado)
* 1994 «A situação dos engenheiros em Portugal entre 1972-1991», Organizações & Trabalho, nº 10
* 1993 Sociedade, Valores Culturais e Desenvolvimento, Lisboa, Publicações D.Quixote (co-autoria)
* 1993 «Mulheres empresárias: contribuição para o estudo do trabalho feminino», Organizações & Trabalho, nº 5/6
* 1992 «Os encarregados na indústria portuguesa», Sociologia Problemas e Práticas, nº 11 (co-autoria)
* 1991 «Woman managers in Portugal»,Iberian Studies, 20 (1&2)
* 1990 Empresários e Gestores da Indústria em Portugal, Lisboa, D. Quixote (co-autoria)
* 1990 «Mulheres 'patrão'», Sociologia, Problemas e Práticas, nº 8
* 1989 «Mulheres na função empresarial», Organizações & Trabalho, n.º 1
ver perfil
Apenas uma publicação com alguma relevância na educação, e mesmo assim, educação técnica... Pelo contrário, contei pelo menos umas 8 obras sobre engenheiros, outros 3 sobre uso de computadores, 3 sobre ciência e tecnologia, etc.
Conclusão: Realmente, a melhor escolha para conduzir os destinos da Educação dos nossos filhos...
Greve ao serviço extraordinário
Há 3 anos
4 comentários:
Olá colega,
Já há mt que tinha visto e analisado o currículo da sra ministra, mas nunca tinha postado nada sobre o mesmo! Ainda bem que colega postou. A srª ministra não tem experiência que eu considerer relevante na educação, principlamente na educação pré-escolar, básica e secundária... apenas está ligada ao ensino superior como docente. Contudo, a srª Ministra referiu no programa Grande Entrevista que era independente do PS, mas que foi convidada para Ministra da Educação. Lamento! Eu não sou PS nem das redondezas, contudo considero que PS deve ter alguém que seja militante do seu partido e que tenha uma experiência vasta na área da educação, acho? Para que esta escolha?
Onde está a educação nesse curriculum da nossa ministra?
:-P
Na sua maioria, os artigos publicados em revistas de prestigio (nem sei se é o caso) têm um nome de pseudo-prestígio que não fez nada a não ser dar o que lhe deram i.e., o nome.
Mas que português ... reformulo: dão o nome, os novatos que se esforcem e a coisa está feita.
Poderia apagar o comentário anterior mas não acho correcto, neste momento.
Cumps.
Enviar um comentário