quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Mais uma vez, esquecidos...

Um conjunto de deputados do PSD pediu, há pouco tempo, uma avaliação da constitucionalidade do novo ECD. Comecei a ler, entusiasmado por finalmente alguém se lembrar que este ECD vai contra muitos dos preceitos da Lei de Bases do Sistema Educativo, para chegar ao fim do documento espantado e desiludido por não se referirem em qualquer parte à prova de ingresso na carreira docente... Mas de que estava eu à espera? O PSD há muito reclama medidas tão ou mais graves que estas que o PS está a tomar!

Nós contratados, somos a minoria entre os professores, por isso, interessa fazer campanha política junto à maioria... E o mexilhão é que se lixa!

Documento - constitucionalidade

3 comentários:

Anónimo disse...

Calma. Primeiro o ECD e depois a sua reguamentação. O aborto de prova de acesso é igual aos outros abortos tao ou mais graves do que esse, entretanto já em grande marcha. Não se esqueça da primeira grande aberração: o concurso para professor titular. Quer maior ilegalidade e imoralidade?

visiense disse...

Sim, mas a prova de ingresso está no ECD. Porquê pedir uma avaliação da constitucionalidade do ECD, deixando de fora a prova? Existem várias aberrações dentro do ECD, mas não vou dizer aqui as maiores ou menores, simplesmente que uma prova de ingresso no ensino, para professores já no ensino há vários anos também é uma aberração, e grande! Por isso, a calma, nas pessoas que não vêm ninguém a defende-las, ou pelo menos, aquelas que têm poder para isso, é muito difícil de existir.
E por mais errado que possa estar o ECD, a separação dos professores, a avaliação - e estão -, a verdade é que apenas no caso da prova de ingresso estão em causa empregos e vidas... E isso mexe com uma pessoa!

visiense disse...

Conheço vários professores efectivos, ou não, que estão isentos desta prova, e felizmente, a maioria é solidária. Pena tenho que aqueles que têm maior poder, e neste caso falo apenas dos tais deputados, se esqueçam destes professores. Quando se fala em professor, devia-se querer dizer apenas professor, e não professor efectivo, ou vinculado, ou contratado. Tanto estou contra muitas das medidas que neste momento nem sequer me afectam (mas irão no futuro), como contra aquelas que me afectam. Se todos nos unirmos, pelos professores, e não por estes ou aqueles, seria muito mais fácil! E se assim fosse (e neste aspecto somos todos culpados, não há nenhuma parte isenta de culpa) talvez os tais deputados defenderiam todas as partes, e não apenas algumas!