quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal


Como há um ano, volto a desejar um feliz Natal para todos, inclusive para MLR! Pode ser que um pouco de espírito natalício traga algum juízo e sensatez. Paz no mundo e nas escolas é o que desejo a todos nós, professores, e felicidade na vida, é o que desejo a todos!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Passo a passo...

MLR, pela primeira vez, admitiu a substituição deste modelo (ver notícia e notícia). Finalmente começam a ver o que toda a gente já viu há muito tempo: que esta avaliação não serve! Mas, claro, MLR diz que este modelo que admite não servir, ainda servirá para este ano lectivo! O que a intransigência política faz... Querer convencer alguém que não cedeu! Ao menos faz-nos rir um pouco! O modelo que dizia ser tão bom, óptimo, maravilhoso, que em todas as escolas estava a ser posto em prática normalmente, em poucas semanas, foi transformado em simplex, em simplex parte II, e agora, até admitida a sua substituição! E MLR, estóica no seu esforço, continua a querer convencer que não cede, e que esta avaliação, que já admite estar errada, ainda deve avaliar os professores este ano. Ou seja, não serve, mas serve, é boa mas é má... Isto é o que se chama a lógica marcelista!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Greve

Hoje é greve! Mais um dia para mostrar a MLR e a Sócrates que não iremos ceder!

Hoje é greve! Hoje veremos quem é quem!

Hoje é greve! Hoje é dia de luta!

Hoje é greve!...

sábado, 22 de novembro de 2008

Novidades prova de ingresso

Jorge Pedreira, secretário de estado adjunto, disse, na reunião de negociação (?) sobre a nova proposta de concurso, que, para este próximo concurso, não será exigida a prova de ingresso. Justificou pelo facto de estarem a ser elaboradas, e não serem terminadas a tempo.

Questionado sobre quem as estaria a elaborar, não foi claro, apenas dizendo que a prova comum estaria a ser elaborada por uma "entidade internacional de conhecido renome", não dizendo qual...Quanto à prova científica, é elaborada pelos politécnicos e pelas U's.

O ME continua a ceder, logo, nós temos de continuar a pressionar até esta prova desaparecer.

in Movimento Democracia

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Pressão desesperada

Nesta fase de luta, estamos a chegar ao ponto de não retorno... A ministra diz que não cede, e os professores certamente não irão deixar fugir esta segunda oportunidade para enterrar esta avaliação maldita. Mas cheira-me que esta inflexibilidade da ministra está por um fio, e que irá cair, sob a máscara de uma qualquer simplificação. Espero que os professores não se deixem enganar por uma qualquer avaliação simplex, simplesmente para adiar este modelo.

A aplicação informática que a DGRHE dispõe, ilegal, é apenas uma forma desesperada de pressionar a avaliação a continuar... Vão ter azar, pois os professores se não cedem na escola, obviamente não irão ceder com uma aplicaçãozita qualquer fora da lei!




PS: Um passarinho contou-me que nos próximos dias haverá novidades, e que passarão pelo desaparecimento de alguns processos deste modelo, ou seja, simplificá-lo... Ou seja, querem que os professores contrariem a lei que eles fizeram... :-)

Manif 15 - mais um sucesso

A manifestação de dia 15 foi outra vitória para os professores. Tenham sido 10000 ou 26000, a verdade é que ambos são um número bastante significativo.

Parabéns a todos os que se manifestaram em Lisboa, seja dia 8, como dia 15.

sábado, 15 de novembro de 2008

Manif 15



Hoje, mais uma manifestação, agora promovida por movimentos independentes de professores, como o APEDE e o MUP, em Lisboa. Apesar da minha discordância no facto de esta manif não se ter unido à de 8 de Novembro, como o referi aqui, percebo as razões dela existir, e desejo que tenha o maior número possível de colegas, pois nos tempos que correm, não há lugar a orgulhos e a lados. Estamos todos do mesmo lado!



Mais informações aqui

Reacção... nula!

O nosso excelentíssimo Presidente da República, interrompeu o seu silêncio sobre estas chatices da educação para dizer que é necessário mais calma e serenidade... E daí não se prolongou sobre este assunto tão pouco importante para a sua presidência.

Calma... e serenidade! Ora, no meio de toda esta tensão existente pela teimosia e inflexibilidade da titular da pasta da Educação, que poderão os professores fazer, dada este pedido do PR? Ficarem calmos e serenos enquanto vêem Roma a arder? Ou, quererá dizer para estarem quietinhos? É que, de uma forma ou doutra, isso implica capitular às medidas erradas e injustas impostas por este ME. E num país democrático (?) em que vivemos, ainda existe o direito à revolta e à indignação, e enquanto a ministra não ceder, os professores também não o farão. Mas não se preocupe o nosso excelentíssimo PR, pois, apesar dos insultos e ofensas de MLR e de Sócrates, os professores continuarão a dar o seu melhor nas escolas, pois isso é ponto de ordem para todos os docentes! E se mais não dão, não lhes apontem o dedo, apontem sim, a quem quer destruir a Educação e a classe docente!

Por isso, sr. PR, deixe lá por um bocadinho essas questões essenciais para o país, como o estatuto dos Açores, e arranje um tempito para esta maçada da Educação, e diga realmente o que acha desta confusão! Mas ao menos ganhe a coragem que não teve com a Madeira, repetidas vezes!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Reacções... (II)

E as reacções continuam, mesmo dentro do partido do governo.

António José Seguro, sem nunca referir directamente nenhum dos visados, deixou críticas à arrogância que tem sido demonstrada, realçando que os professores devem ser valorizados, e não o contrário. (ver aqui)

Mais uma vez os alunos de uma escola receberam os representantes do ME, neste caso o secretário de estado, Valter Lemos, e o sub secretário, Jorge Pedreira, com ovos. É caso para dizer que para quem diz estar a fazer tudo pelos alunos, a reacção não está a pretendida... (ver aqui)

Os presidentes dos CE de quase todas as escolas do distrito de Coimbra decidiram em conjunto pedir a suspensão de todo e qualquer processo desta avaliação, apelando a que os presidentes dos CE de outros distritos façam o mesmo. (ver aqui)

O presidente do Conselho de Escolas, órgão consultivo do ME, vem alertar para o clima de tensão nas escolas, mostrando a sua preocupação pelos seus efeitos sobre os alunos. Realça ainda o facto de grande parte do trabalho nas escolas esgotar-se na avaliação, situação essa que perturba a aprendizagem dos alunos. (ver aqui)

Noutro âmbito, escolas de todo o país continuam a aprovar moções pedindo a suspensão deste processo de avaliação.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Reacções...

Como se previa, e se queria, a manif do passado dia 8 serviu principalmente como ponto de partida para a luta! Apesar de alguns colegas menos conhecedores do fenómeno MRL, a maioria tinha noção que não passava disso, de um ponto de partida. Mas que ponto de partida foi, com mais de 120000 professores na rua, a protestar contra várias medidas altamente penalizadoras para a classe docente e para o Sistema Educativo!


As reacções não tardaram a surgir, tendo a equipa ministerial passado a semana anterior a preparar terreno, com entrevistas várias, mas com argumento único, o tal em que estão a cumprir escrupulosamente o memorando de entendimento, para a ministra, no dia da manif, longe e supostamente segura no Porto, vir dizer, ou melhor, acusar os professores de medrosos, chantagistas e ainda, de manipuláveis! Agora já não falamos apenas dos sindicatos, mas sim de toda a classe docente. É isto o que realmente MLR pensa de nós…



Obviamente, as mentiras, inverdades, omissões, trapalhadas, etc, deste ministério, não iriam durar para sempre, e começaram a surgir as reacções que nós necessitávamos.


- O PSD parece que saiu daquela redoma em que falavam de tudo e não falavam de nada, para de repente, juntando-se a outras cores políticas, questionar persistentemente toda a actual situação (ver aqui).


- Manuel Alegre, voltando a surgir como o rosto mais à esquerda do PS, censurou fortemente MLR, primeiro na revista de opinião socialista “Ops!”, depois, reiterando numa entrevista, fazendo muitas e variadas críticas, nomeadamente à sua atitude prepotente e autoritária, à sua cegueira perante todo o contexto em que se encontra o Sistema Educativo, e a muitas das suas medidas (ver aqui e aqui)


- Os pedidos de suspensão do processo de avaliação nas escolas aumentaram de intensidade, continuando a minar todo este processo/palhaçada dentro do sistema.


- Muitos presidentes de CE começam a perder o medo e apresentando-se como contra esta avaliação, dando a cara pelas tomadas de posições das suas escolas! Ver notícia sobre tomadas de posição nas escolas de Coimbra.


- Os alunos, que até há pouco tempo estiveram adormecidos, acordam para a enormidade do novo estatuto do aluno, e começam a activar as suas hormonas juvenis, obrigando MLR a novos focos de tensão (ver aqui).

As reacções começam a surgir em catadupa, e apenas “opinion makers” desinformados e/ou conotados com cores rosas, continuam a atacar os professores, sem argumentos de qualquer espécie, apenas partindo de pressupostos ofensivos para a classe docente.



PS: Porque razão a comunicação social continua a começar qualquer peça sobre Albino Almeida como “Os pais…”, sabendo-se que é apenas presidente da Confap, uma das federações de associações de pais. Aliás, por alguma razão, estiveram representadas na manif de dia 8 várias associações de pais em apoio aos professores portugueses! E porque razão nunca ninguém questiona esta personagem sobre a razão de, em qualquer momento de contestação dos professores a esta equipa ministerial e às suas políticas, este senhor servir de advogado destes? Terá a ver com a sua cor preferida? Terá a ver com o facto de o ME financiar quase na totalidade a Confap? Porque será?


domingo, 9 de novembro de 2008

Manif 8 - 120 000

Cento e vinte mil! Foi esmagador! Agora, a ministra não pode dizer que estamos contentes, que tudo corre às mil maravilhas! Ninguém pode dizer agora que tudo ficará como dantes! Isto foi apenas o início colegas. Não estejam à espera de cederem já. Mas as declarações agressivas da ministra e de Sócrates são boas notícias. Já não estão indiferentes! Já não desvalorizam os números. Eles querem guerra, e é isso mesmo que nós queremos. Porque numa guerra aberta com os professores, eles perdem! E por isso, nós não podemos parar, nós não podemos ceder! Só podemos parar, quando eles desistirem!

A luta apenas agora começou! A verdadeira luta começa agora! Esta manif foi um bom ponto de partida, mas apenas isso! A luta começa agora...














quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Manifestação Contratados Guarda - Prova de Ingresso

"Ontem (5 de Novembro) realizou-se a concentração de professores contra a prova de ingresso em frente ao Governo Civil da Guarda. Perante vários órgãos da comunicação social estiveram presentes cerca de 40 professores, que se manifestaram contra a referida prova. Do programa da manifestação constou a queima do diploma dos professores presentes, bem como a entrega de um manifesto (aprovado por unanimidade) à Governadora Civil.

Os professores e educadores que estiveram presentes junto do Governo Civil da Guarda manifestaram-se contra a chamada "prova de ingresso" forçada pelo Ministério da Educação no diploma do Estatuto de Carreira (ECD) que impôs aos docentes portugueses em Janeiro de 2007."

in Professores Asfixiados



Ontem estive presente na manif na Guarda, e apesar de considerar ter sido um feito conseguir-se fazer uma manifestação apenas sobre a prova de ingresso, é com muita tristeza que juntar meia dúzia de contratados se considere um feito... Dou os meus parabéns ao Paulo por ter conseguido levar avante uma iniciativa deste género, e aos colegas que disseram "presente". Espero que esta manif seja um exemplo para colegas contratados de outros locais de Portugal, e que a luta aumente de intensidade, e por fim, que os contratados se unam de uma vez por todas para acabar com esta ameaça à sua vida profissional. Espero não estar a sonhar alto...

Quando a prova surgir, e acreditem, a continuar assim, ela irá mesmo surgir, muitos irão acordar, mas aí já será tarde! Estarei aqui para relembrar a todos os que continuam a dormir acordados que a culpa de nada se ter conseguido alterar não é de sindicatos ou afins, mas de cada contratado que sabia, que tinha sido avisado, mas que nada fez!


Manif 8 - informação actualizada

NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL

MANIFESTAÇÃO GIGANTESCA DE PROFESSORES

OBRIGA A NOVA ALTERAÇÃO DE PERCURSO

Tendo em consideração a previsível dimensão do Plenário e da Manifestação Nacional de Professores previstos para o dia 8 de Novembro, tendo como indicadores a mobilização que existe nas escolas e o número de autocarros que ultrapassa os utilizados em 8 de Março de 2008 [cerca de 600 em Março de 2008; já se atingiram os 700 a dois dias de 8 de Novembro de 2008], o local de concentração e o percurso da manifestação tiveram de ser novamente alterados, sendo, agora, e em definitivo, os seguintes:

– 14.30 horas: Concentração no Terreiro do Paço:

– 15.00 horas: Plenário Nacional de Professores;

– 16.00 horas: Manifestação Nacional que passará por Rossio, Restauradores, Avenida da Liberdade e Marquês de Pombal;

– 17.30 horas: Aprovação da Resolução da Manifestação e encerramento da iniciativa.

A Plataforma Sindical dos Professores

domingo, 2 de novembro de 2008

Prémio Dardos





Deixo aqui os meus agradecimentos à britcom por ter agraciado o Candidato a Professor com o prémio "Dardos", mais uma das nossas correntes blogosféricas, no qual «se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”

Quem recebe o “Prémio Dardos” e o aceita deve seguir algumas regras:

1. - Exibir a distinta imagem;
2. - Linkar o blog pelo qual recebeu o prémio;
3. - Escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prémio Dardos.»

Os blogs da escolha do Candidato a Professor são, sem ordem específica:

1. Kaos

2. A Educação do Meu Umbigo

3. Hekate

4. outròólhar

5. Professores Lusos

6. O Cartel

7. ProfAvaliação

8. Democracia em Portugal?

9. A Sinistra Ministra

10. Professores asfixiados

11. Movimento Democracia

12. A professorinha

13. na sala de aula

14. Psitacídeo

15. titofarpas

sábado, 1 de novembro de 2008

Manifestação única - dia 8 todos a Lisboa

"Os movimentos e sindicatos de professores chegaram, esta sexta-feira, a acordo, depois de mais de 24 horas de conversações, para realizar uma manifestação nacional única a 8 de Novembro, em substituição dos dois protestos previstos para 8 e 15 do próximo mês."



Finalmente o bom senso imperou. Ainda tive as minhas dúvidas, dados os argumentos que têm sido usados pelos sindicatos em diversas formas, como nas reuniões sindicais, onde, com algum desplante, se acusava os movimentos de terem como objectivo separar os professores, com laivos de conspiração secreta a favor do ME... Professores como eu, que apesar de vários argumentos contra (ver aqui), decidiram ir dia 8, começavam a sentir uma certa revolta por essas palavras. Felizmente, os responsáveis pelos movimentos colocaram acima do orgulho os interesses dos professores, e esse é o maior elogio que lhes posso fazer. Dadas as atitudes dos sindicatos, fico aliviado por alguma das partes ter mostrado bom senso.

Dia 8, vamos encher mais uma vez Lisboa!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Dia 8 ou dia 15, eis a questão...

Enquanto eles não se decidem a fazer apenas uma, o comum mortal, neste caso, professor, lá terá que decidir a qual ir. Eu, como crítico um pouco acalorado dos sindicatos, e principalmente, da sua acção nestes últimos tempos, culminando na jogada feia de marcar a manif para dia 8, quando já a dos movimentos estava marcada para dia 15, parti logo do principio que a decisão estava tomada e que, sem qualquer dúvida, iria dia 15.

No entanto, até porque com a antecedência para os respectivos dias dá tempo para pensar, e para ler e saber muita coisa, houve algumas razões que me levaram a mudar de opinião. Primeiro, a constatação óbvia de que quem tem o maior poder de negociação são os sindicatos, e que o resultado final é mais importante do que qualquer orgulho. Segundo, devido ao facto de pouco, ou muito pouco conhecermos, publicamente, sobre esses movimentos e de quem está por trás. A quem estaremos a dar poder? Que provas mostrou, ou mostraram, que nos indique que irá agir de forma correcta e sensata? São demasiadas questões num assunto tão delicado e complexo.

Assim, apesar da minha animosidade crescente há vários anos perante os sindicatos, perante isto, dos dois males escolho o menor, e tenho a esperança de que desta vez os sindicatos tenham uma postura mais consentânea com o apoio massivo dos professores.

Dia 8 estarei lá!




PS1: Apelo que sindicatos e movimentos ultrapassem desejos de protagonismo e orgulhos, para que assim, estas duas manifs se unam para prol dos professores portugueses, que espero ser a razão principal e essencial destas movimentações.

PS2: A todos os professores que irão dia 15, têm o meu completo apoio. Apenas mostrei as razões de ir dia 8, mas percebo perfeitamente quem for dia 15, como podem ter notado em cima.

Manifestação 5 Novembro - Prova de Ingresso

No próximo dia 5 de Novembro, pelas 18 horas, à frente do Governo Civil da Guarda, professores contratados da região irão manifestar-se contra a infame prova de ingresso!

Apelo a todos os colegas, na situação de fazer a prova, ou simplesmente solidárias com a causa, a comparecerem nessa manifestação.

Eu estarei lá!

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Prova de ingresso: aos poucos, o ME vai recuando...



Poucos foram aqueles que ao lerem a proposta de alteração do diploma do concurso, se deram conta de alterações, às quais posso chamar profundas, quanto à prova de ingresso.
Infelizmente ela continua a ser considerada, mas de acordo com a proposta deles, já apenas para o concurso externo, sendo omisso quanto à contratação, e havendo apenas obrigatoriedade de aprovação numa prova comum. Várias opiniões mostraram-me duas justificações bastante plausíveis para este facto: primeiro, devido à falta de condições para colocar na prática um dispositivo que permitisse a cada professor nas condições de fazer a prova, prestar três provas até ao próximo concurso; e segundo, a proximidade das próximas eleições.

A primeira justificação tem um senão: ao indicarem uma data específica, dão a entender que pelo menos essa prova será feita até ao próximo concurso...

Este recuo é um bom sinal que a nossa luta tem dado os seus frutos, e por isso mesmo, não podemos parar!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Educação Especial - Protesto dia 30 de Setembro

Amanhã, dia 30, pelas 15 horas, à frente do Ministério da Educação, na 5 de Outubro, os colegas de Educação Especial injustamente excluídos do concurso, vão concentrar-se para protestar contra mais este atropelo dos seus direitos básicos como justiça e transparência.

Apesar de a tarde e más horas, quero apelar a todos os colegas de Educação Especial nessa situação, bem como todos aqueles que se solidarizam com eles, a juntar-se a este protesto.



PS: Mais uma vez, uma subclasse minoritária dentro da nossa classe é esquecida pelos nossos grandes sindicatos...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

2ª Cíclica

Já saíram (finalmente, com dois dias de atraso, como é apanágio do nosso ME) as listas de colocação da segunda cíclica. Parabéns aos colegas colocados, e boa sorte para os restantes.

Listas 2ª Cíclica

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Propaganda... E mais propaganda!

Neste início de ano lectivo, muito temos sido bombardeados por supostas notícias, clara propaganda do Ministério, que devido ao stress dos concursos, da adaptação a mais uma nova escola, e principalmente, devido ao carácter de falsidade e mentira de muitas dessas "boas novas", me escusei a comentá-las, e até, para protecção da minha sanidade mental, tentei nem sequer nelas pensar. Entre o sucesso histórico propagandeado por MLR, entre o amor à escola pública do PM (com os seus dois filhos numa escola privada de elite), entre as baboseiras graxistas de Albino A., com o Magalhães a mudar o paradigma da aprendizagem (...), e a tremenda ignorância dos jornalistas que veiculam estas informações sem qualquer tipo de contraditório, e ainda, a falta de credibilidade e de estratégia global dos nossos sindicatos para desmontar todas estas mentiras e informações erróneas, fico sem qualquer vontade, pela revolta que sinto, de fazer o que quer que seja. Pode parecer um paradoxo, ficar revoltado e nada me apatecer fazer. Mas se isto acontece, é porque apesar de ter havido uma união nunca vista em Portugal na nossa classe, e dificilmente, se verá algo igual noutro local do mundo, apesar dos 100 000 na rua, sinto-me traído por quem supostamente nos deveria defender. Como professor, sinto-me entre a espada e a parede. E se me viro para o ME, sinto revolta, ao virar-me para os nossos sindicatos, infelizmente, sinto o mesmo...

Tudo isto, para falar de uma notícia, que apesar de ser mais do mesmo, me tirou de um certo marasmo onde já começava a adormecer. Então agora a MLR quer 100% de aprovações no final do ensino básico? Não é que eu não o queira também. Obviamente que quero que TODOS os alunos alcancem sucesso escolar. No entanto, não é isso que aqui está em jogo. O que realmente ela quer dizer, é que QUER que todos passem, independentemente da maneira e da preparação que tenham. Porque sejamos honestos. Num mundo desigual e imperfeito, querer que todos obtenham o MESMO sucesso é utópico. Já o comunismo era perfeito, e por isso mesmo, utópico... E querer o utópico, é trabalhar para o fracasso! E claro, MLR não quer que todos sejam preparados com rigor e exigência. Apenas quer que todos sejam aprovados. Para MLR, em todas as entrevistas que dá, apenas fala da responsabilidade do Estado em permitir a cada jovem a escolaridade obrigatória. Mas falar em serem preparados com rigor e exigência para a sociedade e o mundo, isso é que não! Porque MLR sabe que se assim for, não terá a estatística que procura. E a estatística é a forma oficial para se dizer uma mentira!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Primeira Cíclica

Depois do stress provocado pela asneira (mais uma) do ME - ver post anterior - as listas de colocação da primeira cíclica foram finalmente disponibilizadas.

Listas



Para quem ainda não conseguiu colocação, não percam a esperança, e boa sorte!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cíclicas

Mais uma vez, o ME fez asneira. Pelas 8h20 desta noite, as supostas listas de colocação da primeira cíclica foram disponibilizadas no site da DGRHE, e passado algum tempo, retiradas. Houve pessoal que conseguiu ver a tempo e gravar as listas, mas se as retiraram é porque há algum problema com elas.

Há um link com um conjunto de links para as listas de colocação e não colocação, mas esses links por enquanto não funcionam.

link



IMPORTANTE: As listas que saíram podem não estar correctas, por isso não as tomem como verdadeiras. Esperem pelas oficiais. Não se apresentem sem terem a certeza da vossa colocação.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vida de um professor!



Para rir um bocadinho!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Contratação Cíclica

(actualizado às 23h30 de dia 5)

Está já disponível na área de Escolas a aplicação de recolha de horários para a 1ª cíclica. A aplicação irá estar disponível entre as 12 horas de hoje até às 13 horas de dia 8, segunda-feira. Ou seja, provavelmente, as listas de colocação da 1ª cíclica sairão a 9 ou a 10 de Setembro.

Agora, gostaria de esclarecer umas dúvidas e boatos que têm surgido sobre este assunto, e que têm preocupado muitos dos nossos colegas. Antes de mais, sugiro uma leitura atenta ao Aviso de Abertura, capítulo IX, que diz respeito à Contratação Cíclica. Apesar de ainda não se saber até quando as cíclicas irão se prolongar, sendo muito provável que a calendarização seja muito idêntica à no ano passado, a verdade é que irão existir cíclicas este ano. Existe sim, a ideia de acabar com as cíclicas, mas esta possibilidade não diz respeito a este ano lectivo, e enquanto não estiver legislado, tudo o que possamos dizer é apenas especulação.

Sinceramente, espero que o ME não tenha a peregrina ideia de acabar com as cíclicas, pois apesar deste sistema ser relativamente recente, é o mais transparente e prático, e acabar com ele, é simplesmente regredir.


PS: Já saiu a portaria que delimita os prazos das cíclicas para cada grupo de recrutamento. Poderão consultar aqui.

sábado, 30 de agosto de 2008

Finalmente as listas de colocação 2008 - 2009

Depois de uma longa espera (mais uma vez, grande desrespeito do ME em relação aos professores), as listas lá saíram, mesmo sem aviso obrigatório de publicitação no Diário da República. Desde já, os meus parabéns a quem conseguiu colocação, e boa sorte para aqueles, muitos, infelizmente, que ainda esperam e desesperam por uma vaga.

Listas de colocação de contratação

Listas de colocação de afectação

Listas de colocação DACL

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Concurso 2008/2009

(actualizado às 9h15h de 29/08/2008)


Aproxima-se a data que a DGRHE indica como saída das listas definitivas de ordenação e as listas de colocação de professores nas necessidades residuais. Aconselho desde já a terem calma, pois apesar de todas as asneiras que neste ME tem feito, numa coisa tem cumprido razoavelmente, que é nas datas. Ou seja, provavelmente apenas sairão na sexta, por isso, só comecem a visitar o site da DGRHE quinta à noite. Antes, não valerá a pena. E se por acaso saírem antes, melhor, pois assim não stressaram nada.

Muitas dúvidas têm sido levantadas ultimamente. Começou com as condições de renovação de contratos, que apesar de uma leitura atenta do regulamento do concurso clarificar a situação, causou muitas interrogações, interrogações essas já respondidas. Neste momento tem a ver com a natureza dos horários que sairão nesta primeira colocação. Natureza de ordem quantitativa, pois todos estes primeiros horários são anuais. No ano de 2007, aquando da saída da primeira lista, apenas saíram horários completos, mas como mais tarde veio-se a saber, foi uma situação excepcional. Logo, o mais provável, é saírem horários completos e incompletos. Na minha opinião, seria mais justo nesta primeira colocação apenas saírem horários completos, no entanto, regras são regras, e se não houver uma mudança de última hora, à semelhança do que aconteceu no ano passado, sairão completos e incompletos.

Relembro para todos que tenham dúvidas sobre se irão ou não ser colocados nesta lista, que deverão requerer na secretaria da escola onde trabalharam este ano que preencham o documento para depois entregarem no centro de emprego. Para não terem que perder alguns dias de subsídio, deverão pedir já esta semana, para o documento estar pronto já esta sexta, ou no caso de algumas escolas mais rigorosas, na segunda.


Dito isto, quero desejar a todos muita sorte no concurso.



O link para a consulta da candidatura é o seguinte: https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/ConsultaCandidatos/Default.aspx

Este link é do ano passado, e não pode ser encontrado no site da DGRHE.





  • O aviso da publicitação das listas não saiu em Diário da República. Por lei, antes de serem publicadas as listas, o aviso terá que sair em DR. Contudo, já aconteceu noutros anos as listas terem saído com o aviso a ser publicado depois. Seria uma segurança ter saído o aviso, mas tal situação não quer dizer necessariamente que não saiam hoje. Mas é um sinal um pouco preocupante.
  • A RTP acaba de noticiar que as listas sairão hoje. Tenho dúvidas se essa informação virá de uma fonte do ME, ou se virá apenas do calendário do concurso.


Concurso 2008/2009 - colocações Açores

Para todos os interessados, informo que já saíram a lista de colocações nos Açores.

Ver lista de colocações

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Nelson Évora - Medalha de Ouro - Pequim 2008



Parabéns Nelson Évora. O quarto português a ser campeão olímpico. Ficas para a história!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Vanessa Fernandes - Medalha de Prata - Pequim 2008



Parabéns Vanessa Fernandes!

A tua capacidade de luta e sacrifício são um exemplo para os portugueses!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Cavaco Silva e a arte da banalidade

Portugueses e Portuguesas, interrompo as minhas férias para vos fazer um comunicado urgente e de grande importância para o país! No meio dos meus mergulhos e de longos e descansados banhos de sol, vi-me obrigado a reagir perante tamanho defraude de expectativas, totalmente desnecessário, por parte do nosso Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva. Com tanto mistério a rodear a comunicação de Cavaco Silva, a especulação foi muita, e fundamentada. Desde a crise energética à crise económica, passando pela crise social, os motivos para uma inédita comunicação a meio das férias presidenciais eram muitos e variados (para nosso mal). Mas no fim, a montanha pariu um rato! O facto de o Tribunal Constitucional (TC) ter considerado anticonstitucional alguns pontos do novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores, foi o suficiente para uma comunicação urgente e de grande importância ao país. Não estou aqui a negar a importância de tal estatuto, mas não é a primeira vez que uma lei, ou estatuto neste caso, terem de ser alterados nalguns pontos como resultado de uma decisão do TC. Não percebo como é que esta situação motivou a gravidade hoje demonstrada. Mas se o facto de o nosso apenas dizer banalidades e ser politicamente correcto, quando tem obrigação de não o ser, já me chatear como português preocupado, ainda mais me chateia se começo a comparar esta comunicação com outras "não comunicações". Apenas relembro o escandaloso episódio passado na Madeira há uns meses atrás, numa visita oficial do PR, sobre a qual escrevi aqui. Nesta, Cavaco Silva, mais uma vez, apesar de várias situações anti-democráticas já muito frequentes na Madeira, como se diz na gíria popular, "comeu e calou".

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Boas férias!

Olá pessoal. Escrevo hoje, de Setúbal, este post por duas razões.

Primeiro, por ter ultrapassado a barreira das 10000 visitas, em menos de um ano. Escrevo neste blog porque acho que tenho algo a dizer, logo, é bom sentir que sou ouvido.

Segundo, para me despedir de vós, pelo menos até perto de Setembro, altura em que mais uma ronda de colocações me irá fazer voltar à (dura) realidade! Esporadicamente poderei aqui escrever algo que considere importante, mas a partir de hoje, mesmo que não oficialmente, estou de férias, logo, de descanso de tudo o que tenha a ver com a minha vida profissional! O descanso é merecido, e como tal, desejo boas férias a todos vós, divirtam-se e abstraiam-se da escola e da Milú!

Boas férias!

sábado, 19 de julho de 2008

Não oficial - prazo alargado para o fim de semana

Não é oficial, visto a DGRHE não querer dar o braço a torcer, mas quem não conseguiu concorrer pode concorrer neste fim de semana. Mas este alargamento é apenas para aqueles que tenham acedido pelo menos uma vez à aplicação até ao prazo inicial, ou seja, até às 18h de sexta feira. Avisem quem conheçam que estejam nesta situação.




PS: Isto é altamente irregular, e bem demonstrativo da natureza propagandista do ME... Era de inteira justiça este alargamento, mas para mostrar determinação para a comunicação social dizem que não, quando aparentemente, afinal é sim. Enfim...

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fenprof pede prorrogação do prazo de candidatura





Pois, realmente pedir a prorrogação do prazo quando esse prazo está praticamente no fim, é mesmo a melhor maneira de atingir esse objectivo... Infelizmente, este tomar de posição fora de tempo não me surpreende, visto ser regra nos últimos tempos na Fenprof. Isto ainda é mais grave sabendo-se deste problema desde ontem praticamente de manhã. A quantidade de colegas preocupados a contactar os serviços da DGRHE e dos sindicatos foram imensos, mas parece que só a FNE se lembrou de dizer alguma coisa atempadamente.

Nada surpreendente foi também a recusa do ME para alargar esse prazo. Como já aqui tinha referido ontem no post anterior, apesar dessa medida ser a mais lógica, a mais justa e a mais sensata, como essas palavras não entram no dicionário do ME, duvidava muito que isso acontecesse. Como se verificou...



Problemas com a aplicação de manifestação de preferências

A aplicação para a manifestação de preferências está praticamente desde hoje, dia 17, indisponível. Espero bem que a DGRHE tenha presente que foi um dia perdido, isto se amanhã, logo pela manhã, tiver o problema resolvido. Tenho sérias dúvidas. O justo, e mais lógico, seria que o prazo fosse adiado para segunda feira. Mas como as palavras justiça e lógica não entram no dicionário do ME, logo...

Vamos esperar que corra tudo pelo melhor e que ninguém fique prejudicado com mais esta trapalhada do ME.



PS: Tenham calma, que stressados não melhoramos nada!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Renovação de contratos

No site da DGRHE , aparece a seguinte informação:



"Recondução de contratados - apenas aplicável aos docentes colocados nas listas de CONTRATAÇÃO (31-08-2007)"


Petição pelo Dia Nacional para a Sensibilização para a Perda Gestacional

Amigos, está a decorrer uma petição online pelo Dia Nacional para a Sensibilização para a Perda Gestacional, promovida pela Associação Artemis. Esta associação tem como objectivos o apoio a mães que perderam os seus bebés durante a gestação, e a sensibilização pública para este tema, ainda muito pouco falado. A perda gestacional é uma dor muitas vezes silenciosa, e não raras vezes, pouco compreendida. Peço então a todos que assinem a petição através deste link, (http://www.petitiononline.com/Dia/petition.html), ou através do link na barra ao lado. Agradecia que divulgassem.

Muito obrigado, Filipe Araújo.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Manifestação de preferências 2008/2009

Hoje inicia-se o processo de manifestação de preferências, que dura até dia 18. Desejo desde já boa sorte a todos!

Não esquecer que apenas se podem optar por 100 escolas, 50 concelhos e 23 QZP's. E claro, pode-se repetir, por exemplo, a mesma escola, para os vários horários.

Para quem ainda não decidiu a sua lista de preferências, aconselho que a faça com tempo e cuidado. Antes de manifestar as preferências, leia com atenção o Manual de Instruções para a Manifestação de Preferências.

Depois é relaxar e manifestar as preferências calmamente!

Boa sorte!


PS: a pedido de muitas famílias, relembro as condições para a renovação de contratados: deve ter entrado na 1ª colocação (não na primeira cíclica), com horário completo e anual, esse horário manter-se e a escola concordar.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Alterações no concurso 2009

Na sequência de uma reunião entre a FNE e o Ministério da Educação, temos um rascunho daquilo que o ME quer alterar nos concursos. Ver aqui.

Quanto às questões colocadas no post anterior, apenas encontro resposta a duas, "como se irá usar a avaliação de desempenho na graduação: considerando-se a menção qualitativa ou a classificação quantitativa?" e "a avaliação deste ano já será considerada?". Assim, sabemos agora que é apenas considerada a menção qualitativa. A proposta do ME é que os critérios de graduação sejam os seguintes:

- Classificação profissional
- Tempo de serviço
- Última avaliação de desempenho: (Excelente: 5; Muito Bom: 3; Bom: 2; Outras menções: 0)

Quanto à formula do cálculo da graduação profissional, nada diz.



Quantos às restantes propostas do ME para o próximo concurso, resumindo, os actuais professores integrados em Quadros de Zonas Pedagógicas serão colocados em quadros de agrupamentos ou em quadros de escola, e aqueles sem lugar, farão parte de uma bolsa de recrutamento, da qual sairão para ocupar alguma vaga, ou quando abrir vaga dentro das suas escolhas.

Quanto aos professores integrados em quadros de escola, estes serão convertidos em professores de quadros de agrupamento ou quadro de escolas não agrupadas. Os professores já integrados em QE ficarão na escola onde estão. Se a sua vaga nessa escola desaparecer, entrarão noutra vaga do quadro de agrupamento onde se encontra. No caso de não haver vaga, serão deslocados para a bolsa de recrutamento.


Quanto à bolsa de recrutamento, esta, apesar de lógica, traz problemas. Primeiro, de ética, visto que docentes já com muitos anos de serviço numa dada escola, onde estão por direito, rapidamente serem integrados numa bolsa à espera de ser colocado noutra vaga, noutra escola, por vezes, noutro concelho sem ser o da sua residência, ou até, sujeito a colocações anuais. Segundo, é mais uma forma de restringir vagas para os professores contratados. Com esta bolsa, vagas que normalmente seriam ocupadas por professores contratados, serão ocupadas por professores da tal bolsa de recrutamento. Se tivermos em conta que a evolução de professores contratados tem sido negativa, (ver "Perfil do Docente" pág. 46) e que a evolução de professores com menos de 30 anos no 1º, 2º e 3º ciclos e secundário, ser igualmente negativa (ver "Perfil do Docente" pág. 22-25), vemos que as perspectivas para os contratados são cada vez menos agradáveis, e o futuro pouco risonho...

Avaliação de desempenho na graduação - completamente em desacordo!

Foi-me chamada à atenção, no site Professores Lusos, uma notícia que tem tudo para ser arrepiante e assustadora, mas que surpreendentemente, pouca reacção tem merecido dos professores. A notícia refere-se a dois pontos: à integração dos professores QZP's em quadros de agrupamento, já aqui comentado (ver aqui) e à introdução da avaliação de desempenho como critério de graduação, para efeitos de concurso.

Notícia completa


É preciso relembrar que este critério para a graduação não está prevista no novo ECD, nem sequer nos vários decretos sobre a avaliação. Foi uma invenção de última hora, com motivações e resultados indefinidos. E a informação, para já, é pouca. Ficam dúvidas para esclarecer, entre as quais:

- sairá um novo ECD?

- como se irá usar a avaliação de desempenho na graduação: considerando-se a menção qualitativa ou a classificação quantitativa?

- a avaliação deste ano já será considerada?

- qual o seu peso?


Quanto à terceira dúvida, deixo apenas aqui um exemplo do que aconteceu na minha escola. Tendo vários contratados a nota máxima na assiduidade, a classificação quantitativa foi diferente. Dir-me-ão, isso é normal. Sim, seria normal, se tivessem sido usados dados para essa diferenciação. Quando apenas dão "notas" de acordo com o tipo de assiduidade, alterando conforme se faltou por doença ou por outro tipo de situação, as restantes notas, isso é imoral, e acaba por acabar em situações de injustiça. E se as classificações deste ano forem consideradas numa futura graduação, teremos graves problemas, visto que não há critérios iguais de escola para escola. E mesmo quando tivermos esta avaliação a funcionar em pleno, sabemos muito bem que os critérios e as formas (pessoais) de avaliar não serão as mesmas, e mais uma vez, acabamos entregues à sorte...


PS: Espero que os sindicatos sejam firmes neste ponto. Já perderam, (perdemos) quase totalmente na questão da avaliação, apesar da contestação massiva dos professores, já meteram o pé em várias outras questões, como a prova de ingresso (reacção muito tardia), entre outras... Aguardo!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Top Secret - a fórmula do GAVE para os exames do próximo ano




Com o objectivo de afastar as críticas e de melhor aferir as reais capacidades dos alunos portugueses, o GAVE começou já a preparar os exames do próximo ano. Trazemos aqui, em primeira mão, um dos exemplos do rigor e exigência que serão apanágio, tal como neste ano, do ME!

sábado, 5 de julho de 2008

Responsabilidade - ter ou não ter!

"Precisamos de famílias para criar as nossas crianças. Os pais precisam de entender que a responsabilidade não acaba na concepção. Eles precisam de entender que o que faz um homem não é a capacidade de gerar uma criança, mas a coragem para educá-la."

Barack Obama


Não sei o contexto em que o candidato democrata à presidência norte-americana disse esta frase, mas serve perfeitamente cá no nosso país. Não basta gerar uma criança, não basta dar as condições materiais para o seu crescimento, é preciso também a paciência para os educar. Como em muitos casos essa paciência não existe, desculpando-se com as mais variadas razões, e o tempo livre, que por vezes é pouco, não lhes é dedicado, essa responsabilidade acaba por recair nos professores. Mas essa função, que não é nossa, não nos é pedida, é-nos exigida! Já o disse antes, e volto a repetir. A César o que é de César! A cada um as suas responsabilidades!

PS Express...

Maria de Lurdes Rodrigues deu uma entrevista ao jornal Expresso, onde conta com o beneplácito de uma equipa de jornalistas.

O rosto da primeira grande contestação contra o Governo mantém-se resistente à frente da pasta da Educação. Apesar de afirmar não ser imune às contestações sociais, parece passar-lhes ao lado. Nega querer governar para as estatísticas e apesar das críticas de facilitismo, diz que "o ensino é hoje mais exigente".

Sinceramente custa-me ver um jornal do "gabarito" do Expresso fazer uma entrevista sem nunca, de forma pertinente, colocar questões incómodas. Fazem a primeira questão, pertinente. MLR responde, fugindo à questão, ou debitando o seu já famoso discurso do rigor e exigência, ou do "não sei se será assim", "não sei se disse isso", "isso são opiniões"..., e depois, voilá, passa-se à questão seguinte. Não existe um verdadeiro contraditório. Infelizmente, ultimamente muitas entrevistas a elementos do governo fazem-me lembrar uma conversa de amigos!


Algumas pérolas dos jornalistas:

Como podemos ter confiança num sistema de ensino onde a quase totalidade dos professores não quer ser avaliada?

Os sindicatos têm prejudicado a escola pública?

A contestação dos professores que levou ao adiamento do modelo de avaliação não prejudicou a escola pública? A pressão dos sindicatos levou a um recuo?

Não queremos ser avaliados? Ainda isso? Mas a pergunta veio da boca do jornalista ou da ministra? Estas questões partem de um pressuposto, o pressuposto que isto é uma guerra e que os professores apenas lutam por si próprios. É pena que jornalistas partam para uma entrevista com esse pressuposto, e que tenham dado essa benesse a MLR, deixando-a completamente à vontade para depois fazer-se de "boazinha" e dizer "que não é assim tanto". Conversa de amigos...

Ainda os resultados dos exames


Governo revela "alguma preocupação" com resultados no exame de Português.

O Secretário de Estado da Educação mostrou, esta sexta-feira, «alguma preocupação» com o facto de a média das notas no exame nacional de Português ter ficado abaixo dos dez valores pela primeira vez em três anos.

«Iremos naturalmente trabalhar para identificar as razões» dos maus resultados e «tomar medidas que permitam apoiar o trabalho da melhoria dos alunos e dos professores nas escolas, como se fez ao longo destes anos para outras disciplinas», de forma a garantir que esta situação não passa de um «incidente que deverá ser corrigido», acrescentou.



No próximo ano, basta saber preencher o cabeçalho para passar... Valter Lemos vem agora escudar-se destes resultados para tentar fugir às acusações de facilitismo nos exames nacionais, mas a verdade é que fora este resultado, todos os outros tiveram enorme subida positiva, subida muito suspeita quando é anual. De repente os alunos portugueses são excelentes a Matemática. Foi trabalho, dirão uns, milagre, dirão outros... Milagre estatístico!

E nem era preciso ver resultados para se saber do que estamos a falar! Basta comparar os exames dos últimos anos para se constatar que cada vez são mais básicos, e que o grau de exigência altera-se todos os anos. Ora, comparar alhos com bogalhos ou dá asneira, se o objectivo for o rigor, ou dá milagres... Ora, milagre foi o que deu...

Quadros de agrupamentos: concordo com reticências...

Vinte mil professores vão ficar mais perto de casa

Antes de mais, devo fazer aqui uma pequena correcção. Quadros de agrupamentos no fundo, apenas o são para os professores do 1º ciclo, que terão um mini-quadro de zona pedagógica. Para os restantes professores, visto cada agrupamento apenas ter uma escola básica 2,3 ou secundária, será na realidade a efectivação. Não discordo com a medida. Era algo que já devia ter sido feito há mais tempo. Agora, nem tudo são rosas! Quando na reportagem se diz algo como "
Perspectivas como viver em Beja e ser colocado em Sines deixarão de ser motivo de angústia para muitos professores (...)" vê-se logo que não sabem muito bem como isto funciona. Parte-se do pressuposto que todos os professores terão lugar num agrupamento perto da sua área de residência. Ora, nós sabemos, já por experiência, que nem sempre nos calha em sorte aquilo que nós queremos, principalmente nos concursos de professores. Por alguma razão, muitos se querem efectivar, têm de concorrer para longe. Acredito que muitos professores irão na realidade ficar mais perto de casa, mas muitos outros não. E agora apenas terão a hipótese de alterar essa situação passados 4 anos, sem garantias de sucesso. E já que estamos numa de reflectir, já não era isso que supostamente se passava com a colocação plurianual?

Na minha opinião, é uma boa medida, que reforça a estabilidade docente nas escolas. No entanto, não canto loas pois não é o mar de rosas que Valter Lemos quer fazer crer.




quarta-feira, 2 de julho de 2008

Manifestação de preferências - Concurso 2008 / 2009

Quero apenas relembrar que se aproxima o período dedicado à manifestação de preferências para o concurso de docentes 2008/2009: de 14 a 18 de Julho.

Ver calendarização aqui.

Calendário ano escolar 2008/2009

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Provas de Aferição

"Ministra da Educação muito satisfeita com resultados das provas de aferição."

Apesar das várias críticas às provas de aferição deste ano, tanto de Língua Portuguesa, como de Mstemática, principalmente no que diz respeito à exigência das mesmas, Maria de Lurdes Rodrigues exaltou a grande melhoria do ano passado para este ano. E como é óbvio, "puxou" as responsabilidades para si e para o ME. Na entrevista na SIC, MLR mostrou-se bastante agastada com as várias críticas que vieram de vários quadrantes, apelidando a opinião de especialistas de várias áreas, e dós próprios pais, através de várias associações de pais, de pouco importantes. No seu entender, os únicos que se poderão pronunciar quanto às provas de aferição é o próprio ME, e o GAVE, que por acaso é quem faz as provas.

Devo dizer que MLR mostrou-se mais uma vez no alto do seu pedestal, afastando com irritação toda e qualquer crítica ou questão inoportuna, feita pelo entrevistador. A forma como os vários elementos da equipa ministerial falam, a forma como andam estonteamente alegres com todo o seu trabalho, a forma como pintam a realidade actual e o futuro próximo, apenas mostra a loucura em que todo o ME caiu, loucura amplamente aceite por Sócrates, e pela grande maioria da sociedade portuguesa, que anda cega, ou prefere nem ver... E quando alguns quadrantes da sociedade portuguesa mostra alguma desconfiança ou crítica, rapidamente é apelidade como incompetentes, e afastados para um canto escuro, onde depressa são esquecidos. Estas provas de aferição realmente foram mais simples, método inaflível de melhorar e mostrar resultados. E se a isto adicionarmos os "não provados boatos" (mais vale dizer assim, senão o tribunal espera-me) dos critérios ridículos de avaliação, onde tudo e mais alguma coisa conta para somar, então, aqui se vê os reais propósitos e métodos ministeriais.

sábado, 14 de junho de 2008

Tolerância excessiva

Os profissionais consideram haver tolerância excessiva ao mau ambiente escolar consequente dos alunos com défices de atenção. Isto, está claro, por parte dos professores, desafiando estes a alterar posturas dentro da sala de aula, de forma a consegui-los motivar.

Défice de atenção responsável pelo insucesso escolar


Devo referir que alunos com défice de atenção são realmente complicados de gerir numa sala de aula. Estes alunos, dito hiperactivos, se não controlados muitas vezes com medicamentos, conseguem virar uma aula do avesso. E então imaginem, quando na mesma turma, em vez de um temos quatro, como acontece numa turma minha... A medicação, muitas vezes, essencial em casos deste género, não faz milagres. Muitas vezes torna-os apáticos, e por vezes, não tem todo o alcance desejado, e a criança, continua, se bem que em menor intensidade, hiperactiva. Aqui entramos nós, professores. Temos de estar preparados para lidar com estas situações, e no primeiro caso, sabermos motivá-los a sair um pouco da apatia e entrarem na dinâmica da aula, e no segundo caso, sabermos com disciplina, e também, com trabalho e alguma tolerância, "acalmar" integrá-la nas tarefas da aula. Aqui chegamos a um ponto polémico do artigo. Tolerância excessiva ao mau ambiente escolar? O que é isso? Eu não posso falar por ninguém, mas aos meus alunos ditos hiperactivos, exijo a mesma atitude e trabalho na sala de aula. Não tenho que exigir menos. A forma como o faço, muitas vezes é diferente de como o faço num aluno sem esse problema. Mas exijo-o. Neste ponto, não ando nas salas dos outros a ver como dão as aulas, e se têm ou não tolerância excessiva ao mau ambiente escolar.

Mas agora permitam-me generalizar a frase. Não apenas na sala de aula, mas na escola em geral. Aí sim, concordo, e em absoluto. Apenas um exemplo: na escola onde lecciono, aquando das mudanças de sala a meio dos 90 minutos, os miúdos em vez de em silêncio saírem da sala e dirigirem-se à sala correspondente, não, comportam-se como se estivessem no intervalo, e muitos deles, literalmente aos berros pelos corredores. Quando algum professor, poucos, muito poucos, sai da sala de pede silêncio, a resposta é indiferença, e alguns, em provocação, ainda aumentam o volume. Este exemplo diz muita coisa. Se por exemplo, todos os professores saíssem da sala, a resposta seria outra. Se penalizações houvessem, a resposta seria outra. Se mais funcionários, e com outra autoridade, houvessem, a resposta seria outra. Se uma política mais disciplinadora dos conselhos executivos houvesse, a resposta seria outra. Em muitas escolas há uma tolerância excessiva ao mau ambiente escolar. Não tenho dúvidas. E se os vários agentes mudassem a sua atitude, e concertassem as suas acções, mudanças haveria. Disso também não tenho dúvidas. Agora, enquanto deixarmos andar, e preferirmos nem sequer sair da sala para mandar calar uma turma, porque não vale a pena, então aí nada muda...

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Petição Contra a Prova de Ingresso em Plenário da Assembleia da República

A Petição Contra a Prova de Ingresso na Carreira Docente, apresentada pelo Movimento Democracia, foi hoje discutida em plenário na Assembleia da República. Os signatários solicitavam a tomada de medidas contra a prova de ingresso na carreira docente, nomeadamente a reformulação do artigo 20º do Decreto Regulamentar nº 3/2008, de 21 de Janeiro, com inclusão da prova nos próprios cursos via ensino, como requisito de inclusão da licenciatura e a não aplicação da mesma a docentes já profissionalizados.

Os grupos parlamentares, PS incluído, mostraram mais uma vez sensibilidade para esta questão, admitindo a injustiça da retroactividade da prova de ingresso. O grupo parlamentar do PS, pela segunda vez, mostrou publicamente a abertura para resolver esta questão. Na sequência desta discussão, foi apresentado pelo grupo parlamentar do PSD uma proposta de resolução que recomenda ao Governo a alteração das normas que regulam a dispensa da realização da prova de avaliação de conhecimentos e competências, prevista no artigo 22.º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores dos Ensinos Básico e Secundário. (ver aqui - fazer o download na página do parlamento)

Esta proposta de resolução aguarda agendamento para ser discutida e votada em plenário. Nessa altura, face à abertura mostrada publicamente pelo PS, temos esperança que seja votada positivamente pela maioria, ou seja, pelo PS. Se esta proposta for aprovada, o governo terá ainda de aceitar a proposta, visto uma proposta de resolução não ser vinculativa. No entanto é minha convicção de que, se o PS aprovar na Assembleia da República esta proposta, o governo a seguirá.

Só nos resta aguardar, sempre com consciência que continuaremos a lutar como temos feito até agora!





quarta-feira, 4 de junho de 2008

Formação para a Cidadania



Tenho por convicção que um professor não é apenas um condutor de conhecimento e orientador da sua aquisição e aplicação, se bem que esse seja a sua principal função. Acredito que um professor deve promover boas práticas de cidadania, essenciais para a vivência em sociedade. Concordo ainda que, na sua formação, tanto a inicial, como a contínua, este deve ser um componente a ter em conta. Dito isto, devo dizer que no meio de todas estas propostas e medidas, a nossa principal função começa a ser subvalorizada em relação a funções maioritariamente da responsabilidade dos pais / encarregados de educação. Cada vez mais os critérios de avaliação de um aluno recaiem sobre competências sociais, e cada vez mais se quer responsabilizar os professores pela educação social das crianças. Enquanto isto, os conhecimentos vão sendo secundarizados... A cada um a sua função! A César o que é de César...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Novo sindicato, a favor ou contra?

Aos poucos e poucos, vou ouvindo boatos sobre a possibilidade de um novo sindicato. Algumas pessoas pretendem unir os movimentos, e criar um movimento único, e por fim, um sindicato. A ideia, se bem que bem intencionada, não tem a minha bênção. As razões do meu "não apoio" são simples: mais um sindicato, principalmente numa altura em que a Fenprof tem praticamente todo o protagonismo, colocando todas, ou quase todas, as restantes para um canto obscuro de onde saem apenas para alguma reunião, onde os protagonistas continuam a ser os mesmos, e os centros de decisão, os verdadeiros centros de decisão, irão continuar a ser os mesmos, não irá acrescentar nada ao panorama sindicalista. E pior ainda, não irá acrescentar nada à luta dos professores. Os movimentos, enquanto movimentos independentes de sindicatos e de partidos, apesar de vários, têm uma força que lhes é dada pela sua genuinidade. Esta legitimidade perder-se-á com a sua entrada no sistema! Foram os movimentos que na realidade juntaram os cem mil em Lisboa, e foram os sindicatos que desbarataram esses mesmos cem mil...

Assim, fica aqui a minha intenção de não apoiar qualquer intuito de criação de um novo sindicato de professores. Desejo sim, que a luta se reacenda, uma luta plural, e que acabe, tal como no histórico 8 de Março, por unir todos os professores!

Ainda sobre a fusão do 1º e do 2º ciclo

Já aqui falei das minhas razões para não concordar com a fusão do 1º e do 2º ciclo, na perspectiva do professor generalista (ler aqui), mas. "esqueci-me" de alguns pormenores que gostaria de tratar hoje. Mais uma vez, e até posso parecer insistir demasiado neste ponto, se vê a missão economicista deste governo.

Infelizmente, o Ministério da Educação, e seus elementos, gabam-se de incutir e promover a excelência no nosso sistema de ensino, quando na realidade, a verdade é outra. Diminuir o número de professores através do conceito de professor generalista, quando a necessidade actual é bem maior do que a oferecida pelo ME, principalmente a nível de apoios pedagógicos acrescidos, é o primeiro passo. Desde há algum tempo, o ME diz que cada escola deverá potenciar os seus recursos humanos, mas a sua ideia de como fazer isso, é colocar professores de 2º ciclo a leccionar 3º ciclo, e vice-versa, ou colocar professores de uma determinada área a dar apoio numa área completamente diferente. Se houver necessidade de apoios pedagógicos acrescidos, e não houver professores disponíveis, simplesmente não há apoios, pois o ME não permite a contratação para estes casos. Bom e barato, na Educação não existe, por isso, o ME fica-se pelo barato, e usando estatísticas, e subterfúgios nas provas de aferição, provas globais, e afins, vende o medíocre por bom...

Colocar um professor a leccionar todas as disciplinas nucleares desde o primeiro até ao sexto ano, além de impedir um maior nível de conhecimento dos conteúdos, vai permitir ao ME poupar dinheiro nos seus recursos humanos, ou seja, nos professores. A questão das crianças traumatizadas apenas foi posta por psicólogos, uma classe obcecada pela defesa da infantilidade, em vez da defesa da sua educação. A pedagogia, a arte de ensinar, foi tomada de assalto pelos psicólogos e pelos teóricos da educação, muitos deles, sem praticamente nenhuma experiência real numa sala de aula. Estes agentes têm servido para apoiar todas as novas medidas do ME, sempre no pressuposto que são para proteger e melhorar a evolução das crianças. No entanto, estas medidas são uma falácia, pois se virmos globalmente, elas apenas protegem a sua infantilidade, sem qualquer tipo de exigência e de dificuldades, e o ME sabe-o, mas como a poupança está em primeiro lugar, faz de conta que são medidas inovadoras, ao nível do que de melhor se faz no mundo, esperando, sabendo-o, que os portugueses caiem na esparrela, e os professores se calam...

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Senhora do Mar

Mais um aparte neste blog para felicitar Vânia Fernandes que, passado alguns anos, consegue levar Portugal até à final do Festival da Canção. Com uma canção linda e com uma performance poderosa, Vânia Fernandes conseguiu finalmente ultrapassar a barreira do facto de estarmos inseridos num grupo praticamente composto por países de leste. Assim, só uma grande canção e uma grande voz passaria à final nesta condições.

Parabéns!

terça-feira, 20 de maio de 2008

Monodocência no 1º e 2º ciclo - uma questão de bom senso, ou de falta dela...

"A reestruturação da organização escolar, fundindo o 1.º e o 2.º ciclos e alargando o ensino da monodocência até aos 12 anos, são algumas das medidas propostas pelo Conselho Nacional da Educação (CNE) num estudo em que caracteriza a situação das crianças portuguesas dos zero aos 12 anos - mais pobres dos que os adultos, mais vitimizadas do que em qualquer outro país da Europa, são das que menos brincam com os pais, tendo na televisão a principal fonte de entretenimento.

Para minorar as «transições por vezes traumáticas» entre ciclos, são propostas medidas que introduzam uma lógica de continuidade entre o pré-escolar e o 1.º Ciclo, assim como uma fusão dos primeiros dois ciclos."


A questão do regime de monodocência no 1º e 2º ciclo, fundindo estes dois, não é de agora. Já há algum tempo tem-se repetidamente adjectivado a passagem do 4º para o 5º ano como traumático e como razão de todos os males da educação em Portugal. Gostaria de, em poucos pontos, refutar, ou pelo menos, pessoalmente discordar destas razões.

Primeiro, a questão do trauma da criança. Penso que deveriam nestas alturas aparecer os psicólogos e explicar como é nesta fase da nossa vida que aprendemos a adaptarmos-nos a situações novas, e que temos mais activa essa capacidade. Tenho muita dificuldade em admitir que é infantilizando as crianças, quando elas começam a entrar numa fase crítica do seu crescimento psicológico como é a adolescência, que iremos prepara-las mais adequadamente para a complexidade da vida. A adaptação é a capacidade chave do ser humano para sobreviver e ultrapassar os obstáculos que existirão durante toda a sua vida.

Segundo, a questão da suposta monodocência no 1º ciclo, em comparação com o "caos" do 2º ciclo. No 1º ciclo, actualmente, existe o professor de 1º ciclo, que lecciona as áreas chave, mas existem ainda outros professores, de áreas como o Inglês, a Educação Física e as Expressões. Dificilmente hoje se poderá dizer que um aluno no 1º ciclo apenas tem um professor. Logo, a transição não será assim tão violenta como a pintam. Já agora, seria interessante reflectir sobre a opinião que vários pais deram sobre este assunto. Quando questionados sobre o suposto "trauma" pela passagem do 1º ciclo para o 2º, todos se mostraram espantados, negando que isso tenha acontecido com os seus filhos. Aliás, vários mostraram-se contra esta proposta, pois consideram a necessidade dos filhos se adaptarem a novas situações, importante.

Terceiro, a perspectiva do 2º ciclo. Infelizmente, notamos que muitos professores do 1º ciclo dão prioridade aos conteúdos da sua área de formação, seja ela Ciências, seja ela, Letras. Ora, se no 1º ciclo, onde temos a base da Educação, onde os conteúdos são os elementares, já se torna complicado um professor ser excelente em todos, o que acontecerá num 2º ciclo, onde os programas são mais vastos, mais complexos e mais abrangentes? Será realmente um professor capaz de ser excelente em Matemática, Ciências da Natureza, Língua Portuguesa, História, Geografia, etc? Se por vezes já se torna difícil um professor ser excelente em duas áreas disciplinares, custa-me a acreditar que seja com monodocência que a excelência na Educação se atingirá...

Resumindo, a adaptação é uma capacidade que deve ser incentivada, e não, desprezada, e a excelência do professor no conhecimento daquilo que ensina e nas suas práticas pedagógicas são essenciais para se educar uma criança.




O Ministério da Educação considera que é prematuro avançar com a fusão dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, tal como recomenda o estudo pedido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Peço desculpa se estiver errado ou confundido, mas não foi o ME que há tempos propôs o mesmo? Aliás, não se estão já a formar professores de monodocência para o 1º e 2º ciclos? Esta distanciação do ME, sem ninguém os colocar em cheque deixa-me perplexo e algo revoltado. E já agora, será uma inflexão de posição, ou tentar colocar o ónus desta decisão no CNE? É bom que comecem a abrir os olhos, senão, à boleia de estudos como este, o ME leva a sua avante.


A Associação Nacional de Professores alertou hoje para a necessidade de reestruturar toda a formação dos docentes caso avance a fusão do 1º e 2º ciclos do ensino básico, proposta pelo Conselho Nacional de Educação.
"Parece-nos adequado o que é proposto, mas há que ter em conta o tempo de implementação desta medida e a formação dos professores, que terá de ser toda reformulada", comentou João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores.


Mas agora até a Associação Nacional de Professores defende esta proposta? No ME devem estar a saltar de alegria. Quando quiserem colocar este sistema a funcionar, poderão dizer que todos os intervenientes estão de acordo. E sobre esta associação acho que não vale a pena dizer muito mais... Eles próprios já dizem tudo!