sábado, 5 de julho de 2008

PS Express...

Maria de Lurdes Rodrigues deu uma entrevista ao jornal Expresso, onde conta com o beneplácito de uma equipa de jornalistas.

O rosto da primeira grande contestação contra o Governo mantém-se resistente à frente da pasta da Educação. Apesar de afirmar não ser imune às contestações sociais, parece passar-lhes ao lado. Nega querer governar para as estatísticas e apesar das críticas de facilitismo, diz que "o ensino é hoje mais exigente".

Sinceramente custa-me ver um jornal do "gabarito" do Expresso fazer uma entrevista sem nunca, de forma pertinente, colocar questões incómodas. Fazem a primeira questão, pertinente. MLR responde, fugindo à questão, ou debitando o seu já famoso discurso do rigor e exigência, ou do "não sei se será assim", "não sei se disse isso", "isso são opiniões"..., e depois, voilá, passa-se à questão seguinte. Não existe um verdadeiro contraditório. Infelizmente, ultimamente muitas entrevistas a elementos do governo fazem-me lembrar uma conversa de amigos!


Algumas pérolas dos jornalistas:

Como podemos ter confiança num sistema de ensino onde a quase totalidade dos professores não quer ser avaliada?

Os sindicatos têm prejudicado a escola pública?

A contestação dos professores que levou ao adiamento do modelo de avaliação não prejudicou a escola pública? A pressão dos sindicatos levou a um recuo?

Não queremos ser avaliados? Ainda isso? Mas a pergunta veio da boca do jornalista ou da ministra? Estas questões partem de um pressuposto, o pressuposto que isto é uma guerra e que os professores apenas lutam por si próprios. É pena que jornalistas partam para uma entrevista com esse pressuposto, e que tenham dado essa benesse a MLR, deixando-a completamente à vontade para depois fazer-se de "boazinha" e dizer "que não é assim tanto". Conversa de amigos...

1 comentários:

Filipa disse...

Como querem que a pobre senhora entenda seja o que for se a dita até pensava que os Açores eram outro estado? Aquilo foi o Jet-Lag, quando a nave dela veio da Parvónia e entrou no nosso sistema solar, queimou o cérebro todo ao pobre animal... Coitadinha, ainda há quem a culpe... Ninguém a compreende, pobre infeliz...