Escolhi algumas frases da notícia do JPN, sobre a violência escolar aquando da sua ida ao 9º fórum do Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEPC).
Parte II
“João Alvarenga, presidente da AEEPC, disse (…) que o ensino privado “presta serviços de utilidade pública, oferecendo liberdade de opção”. O presidente da AEEPC afirmou, ainda, que “é necessário tornar gratuita a escolaridade obrigatória, dando as mesmas oportunidades a todos”, quer do lado do ensino público, quer do particular.
Valter Lemos afirmou que o Estado está a construir um sistema que se pretende que seja “para todos e num curto espaço de tempo”. O secretário de Estado fez uma breve referência à questão da avaliação dos professores, prática que já existe em muitas escolas privadas, o que servirá para “compatibilizar práticas entre públicos e privados, para que haja uma interacção”, acrescentando que o ensino privado tem obtido resultados “superiores” ao ensino estatal.
À questão da possibilidade efectiva de um ensino privado gratuito para todos, João Alvarenga respondeu de forma afirmativa. “50% do ensino privado já é gratuito”, disse, e explica a solução. “Bastava que o Estado comparticipasse os impostos para o estabelecimento de ensino escolhido pelo estudante”, acrescentando que “é obrigação do Estado comparticipar a educação dos alunos”, independentemente da escola que frequenta.”
Vão-se preparando, a privatização do ensino vem aí… O governo esfrega as mãos com essa possibilidade, como se compreende, visto que os encargos com escolas, professores e funcionários diminuirá a olhos vistos! Já agora, mais uma vez a comparação inaceitável dos resultados a nível público e a nível privado. Condições desiguais, “matéria humana” desigual, contextos sócio-económicos desiguais, direitos e deveres desiguais… Isto daria pano para mangas, mas apenas ressalvo como uma vez mais, vemos um elemento do ME a cair num discurso demagógico, e a mais uma vez, desacreditar a Escola Pública! Talvez VL se estivesse a referir a si próprio…
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